Cafeína: o que acontece quando tomamos demais

O café é uma das bebidas mais populares do mundo. Acompanha milhões de pessoas ao despertar, após o almoço, seja puro, com leite, chantilly ou acompanhado de outros sabores. O Brasil é o maior produtor de café do mundo, com mais de 50 milhões de sacas por ano. Recentemente, do outro lado da América, nos Estados Unidos, uma marca de limonada foi retirada do mercado devido ao alto teor de cafeína, considerado perigoso, embora estivesse dentro da ingestão diária recomendada para adultos no país, segundo seu fornecedor.

O consumo de bebidas com cafeína pode ser recomendado, mas é necessário tomar alguns cuidados. Nosso ciclo diário de sono e vigília é influenciado pela adenosina, uma substância que nos deixa cansados no final do dia ao reduzir a atividade dos órgãos. A cafeína, ao ser absorvida, impede que a adenosina se conecte aos receptores celulares, mantendo-nos alertas. Por isso, ao consumir bebidas com cafeína, sentimos maior estado de alerta.

A cafeína também aumenta os níveis de neurotransmissores como dopamina e adrenalina, proporcionando mais estímulos, segundo o professor Damian Bailey, da Universidade do Sul do País de Gales, Reino Unido. Estudos indicam que o consumo moderado de café, cerca de três a quatro xícaras por dia, está associado a mais benefícios do que danos à saúde, conforme uma meta-análise de 2017. No entanto, o consumo excessivo pode aumentar o risco de doenças cardíacas em pessoas com hipertensão arterial. Além disso, o café pode melhorar o desempenho físico em até 1,7% e está relacionado a um menor risco de câncer, doenças cardíacas e diabetes tipo 2.

Mas afinal, qual seria a quantidade ideal de café? No Reino Unido, por exemplo, não há orientações específicas sobre a quantidade ideal de cafeína, mas a Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) aconselha não mais que 400 mg por dia para pessoas saudáveis, e não mais que 200 mg por dose. Consumir de 200 a 300 mg de café por dia geralmente é considerado benéfico, segundo o professor Damian Bailey.

No entanto, a quantidade de cafeína varia amplamente entre bebidas, sendo difícil determinar exatamente quanto se consome. Por exemplo, um expresso pode conter de 250 a 700 mg de cafeína e algumas bebidas energéticas até 500 ou 600 mg. Consumir doses excessivas de cafeína pode causar sintomas como náuseas, ansiedade e arritmias cardíacas. A ingestão moderada de duas a três xícaras de café por dia não parece ter efeitos negativos sérios em pessoas saudáveis. Portanto, não é necessário abandonar seu companheiro diário, apenas evitar excessos.

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12 de julho de 2024

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