Os dados estão postos na mesa: o Censo de 2022, divulgado pelo IBGE, mostra que a nova idade média da população brasileira é de 35 anos; e enquanto isso acontece, 4 em cada 10 brasileiros esperam viver apenas com o benefício do INSS.
A questão é que esses dados caminham para direções opostas e, ainda assim, ambos falam sobre o povo brasileiro atualmente. O problema acerca da questão é que o número de aposentados será maior que o de contribuintes, gerando um movimento de déficit que sobrecarrega a população trabalhadora ativa.
Em tempo, vale acrescentar o comentário de Mansueto Almeida, Economista Chefe do BTG Pactual, que, enquanto palestrava em um seminário sobre economia e investimentos, defendeu a seguinte previsão: “Esse processo de sair de 7% da população com mais de 65 anos de idade para 14% levou 125 anos para ocorrer na França. Levou 72 anos para ocorrer nos Estados Unidos. No Brasil vai levar 20 anos. (…) A gente vai chegar agora em 2030 com mais de 15% da população do Brasil com mais de 65 anos de idade”.
Seria, então, a Previdência Complementar uma necessidade ainda não percebida pelos principais atores da sociedade? Bom, se a previdência complementar um dia já foi encarada como algo extra, hoje ela vai perdendo cada vez mais esse caráter, se transformando em um item essencial para que se consiga viver dentro da expectativa de estabilidade e bem-estar que temos para o futuro.
Uma pesquisa da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida, encomendada ao Datafolha em julho de 2023, mostra o aumento no número de pessoas que acreditam ter apenas a renda da previdência pública para viver ao se aposentarem. Mais precisamente, em 2021, 31% dessas pessoas tinham esse pensamento, saltando para 42% em 2023.
Curiosamente, esse estudo também mapeou que mulheres contam mais com o benefício do INSS do que os homens, que relataram ter outras fontes e renda, como imóveis ou outros bens e negócios para se manter.
A pesquisa ainda mostrou que o total de brasileiros que terão como fonte de renda a previdência privada também subiu de 7% para 12% nesses dois anos. Convenhamos que não é preciso ser especialista em finanças para saber da importância de se começar a investir cedo em uma reserva financeira para o futuro, mas de qualquer maneira, vamos reforçar: especialistas em finanças pessoais realmente alertam para começar a reserva financeira para conseguir manter o padrão de vida na aposentadoria. Caso contrário, a queda é brusca.
Nesse sentido, a Previdência Complementar é um apoio importante para uma aposentadoria mais tranquila no futuro e inclusive serve de suporte a outros planos de longo prazo, como adquirir um imóvel, pagar os estudos dos filhos, entre outros. Mas mais importante do que dizer “é preciso começar a investir em previdência”, é dizer “é preciso começar a investir em previdência o quanto antes”.
Como é um investimento de longo prazo, quanto antes você começar a investir em Previdência, mais potencial esse investimento terá. Investir valores diluídos consistentemente ao longo do tempo é a opção mais segura. Do contrário, precisaríamos investir grandes quantidades em um espaço de tempo muito curto. Além disso, em prazos mais longos, a ação dos juros compostos também é maior, o que beneficia a construção de um patrimônio diretamente ligado à tão sonhada boa vida futura.
Hoje em dia existem muitas opções para contribuir de acordo com a própria realidade. Analisar bem todas as opções planos é fundamental, assim como ser bem instruído em relação a elas. Tenha consciência e conte conosco para um futuro mais equilibrado.
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