O impacto da saúde financeira na saúde mental

O mês de setembro é marcado pela Campanha do Setembro Amarelo, que visa incentivar atitudes preventivas no combate ao suicídio, uma pauta extremamente séria. São quase 10 anos de campanha, criada por iniciativa da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e do Conselho Federal de Medicina (CFM). Durante todo o nono mês do ano são pensadas ações que acolham quem precisa e alertas para a população sobre como estar atento aos sinais que pessoas próximas podem apresentar.

Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, ocorrem cerca de 1 milhão de suicídios por ano no mundo, sendo 96,8% destes casos ligados a transtornos mentais. Um dos indicadores é a sensação de inutilidade que acomete as pessoas, que em virtude disso não conseguem lidar com o estresse. Em um primeiro momento é difícil associar suicídio e depressão a problemas financeiros, mas eles são causa frequente em casos de depressão e ansiedade.

No Brasil, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), 79% das famílias estão endividadas. Complementando este raciocínio, dados também da OMS mostram que quase 80% dos suicídios ocorrem em países cuja população possui faixa renda mais baixa.

Segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), cerca de 70% dos inadimplentes sofrem de ansiedade e outros impactos emocionais negativos por não conseguirem manter suas contas em dia. Outra pesquisa, da mesma instituição, aponta que quase 50% dos casais brigam por questões de dinheiro, sendo essa a segunda maior causa de divórcio.

Mas, afinal, como equilibrar a saúde financeira e mental?

A informação é um dos aspectos mais importantes! Aprender sobre educação financeira e organização das finanças pessoais vai melhorar seus conhecimentos e torná-lo mais preparado. Estar em ambientes seguros e acolhedores, nos quais você possa falar de suas angústias, mesmo que as financeiras, também é fundamental, seja no trabalho, com amigos ou em família.

Ficou claro o quanto saúde mental e financeira estão ligadas, não é mesmo? Por isso, é importante estar atento aos sinais, tanto para procurar ajuda quanto para oferecer a quem pode estar precisando.

Procure o CVV, que realiza gratuitamente o apoio emocional e a prevenção do suicídio através do fone 188 ou informe-se pelo site: https://www.cvv.org.br/